sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Hora do Conto - A Noite Diferente

Em meados de Janeiro a escolha de Outiz voltou a receber a professora Joana Sousa para a hora do conto.

Como estávamos no início do novo ano e esta era a época das janeiras e dos reis, a professora decidiu trazer-nos um texto apropriado para esta altura do ano. Assim, ao longo de mais de 40 minutos, ela animou o conto "A noite diferente" de António Mota. Com muitos gestos, canções e instrumentos musicais ficamos a conhecer esta tradição tão portuguesa que o António Mota viveu quando era pequeno.

Aqui fica um pequeno resumo dessa manhã fria de Inverno vivida na escola de Outiz.


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Compasso Pascal em Outiz




No dia 5 de abril o primeiro ciclo e pré-escolar da comunidade de Outiz juntaram-se para celebrar o Compasso Pascal. Foi na escola EB1 de Outiz que os alunos do segundo e terceiro ano, receberam os colegas mais novos  do Jardim de Infância de Outiz e da Creche Nossa Senhora da Guia.

Durante a manhã os alunos mais velhos, com a ajuda de alguns pais e mães foram preparando o espaço para receber os colegas mais novos, mas também o Padre Nuno e o Compasso Pascal.

Este ano a celebração pascal teve um formato diferente: em vez de os meninos se encontrarem com Jesus na sua casa, foi a vez de eles receberem Jesus na escola. Para isso o pavilhão da escola de Outiz foi enfeitado com desenhos, cartazes flores e uma verdadeira mesa de Páscoa, cheia de doces e bolos. A Associação de Pais até construiu um maravilhoso tapete de flores para receber o Compasso Pascal. 

 De tarde, à hora marcada, organizou-se um cordão humano de crianças, ao longo da entrada da escola, que ao som da canção "Girassol" receberam  o Compasso Pascal com a Cruz, o Padre Nuno e os acólitos que tocavam as sinetas pascais.
Lá dentro cantaram-se músicas pascais, o senhor padre Nuno deixou algumas palavras para todas as crianças e todos tiveram a oportunidade de beijar a cruz. Este foi um momento vivenciado com respeito, ternura e admiração, pois algumas crianças, principalmente as mais novas,  beijaram a cruz pela  primeira vez.

No final todos se dirigiram para a rica mesa pascal e partilharam um lanche, sorrisos e muita brincadeira. Esta atividade proporcionou um convívio  saudável e alegre entre todos os elementos desta comunidade.

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Maletas Pedagógicas: Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave



No dia 7 de maio de 2019, por volta das 14h, tivemos uma visita especial na nossa escola. O Senhor João, um técnico do projeto “Maletas Viajantes” da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, veio contar uma história muito interessante. Com ele trouxe uma mala gigante, a que chamou Maleta Pedagógica.

Feitas as apresentações, começou a contar a história da região do Vale do Ave, no século XIX, e de uma família que vivia do sustento que a terra dava. A história conta-nos, então, a vida da família da Adelaide, uma menina que, desde cedo, começou a trabalhar numa fábrica têxtil para ajudar a sua pobre e humilde família. Adelaide tinha dois irmãos. Todos acordavam às 6h 30min para irem trabalhar para as fábricas e a distância de casa deles até às fábricas era cerca de 6 Km para lá e para cá. A sua mãe tinha de acordar às 6h para fazer a marmita para o almoço que durava só 30 minutos e onde apenas comiam uma sopa. Os ingredientes da sopa eram: água, batatas, cenoura raspada, nabos, espargos e beterrabas que eram os alimentos que a terra dava. Todos em sua casa trabalhavam no campo e na fábrica para poderem ganhar o sustento pois a vida era muito difícil. 

O senhor João explicou que uma família neste tempo trabalhava à volta de 10 a 12 horas por dia ou até 18, passando a maior parte do dia a trabalhar: ou no campo, ou na fábrica têxtil. Até as crianças, como a Adelaide e seus irmãos, tinham de ajudar a ganhar dinheiro. Não iam para a escola nem tinham brinquedos como os meninos de agora. Adelaide, para além de trabalhar na fábrica também trabalhava no tear, em casa, para fazer roupa para a família. 

Na fábrica têxtil trabalhava-se muito as matérias-primas como o linho e o algodão e assim nasciam os tecidos. 
O Senhor João disse que aqueles tempos eram muito difíceis e que as pessoas tinham que trabalhar mas não tinham com quem deixar os seus filhos. Foi então que começaram a pensar em arranjar uma espécie de casa para os filhos dos trabalhadores ficarem enquanto eles trabalhavam. Daí veio a ideia das creches. Também começaram a surgir manifestações dos operários para estes terem melhores condições de trabalho, aumentarem os seus ordenados e reduzirem o horário de trabalho.

Com o passar dos anos a fábrica da Adelaide foi diminuindo a sua produção, acabando por encerrar. Anos depois, a fábrica transformou-se no Museu da Bacia do Ave, acabando por se chamar Museu da Indústria Têxtil.

No fim da sessão, O Senhor João disse que se nos portássemos bem poderíamos ir visitar o Museu da Indústria Têxtil, o que nos deixou muito contentes e ansiosos pois, hoje em dia, este museu é visitado por imensas pessoas, sendo um museu que dá orgulho ao Município de Vila Nova de Famalicão.

A Maleta Pedagógica ficou completa com uma visita de estudo ao Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave que os alunos realizaram no dia 17 de maio. Vejam a reportagem.